Exposição sobre a cultura indígena ilustra palestra na Apae de Ilhéus
Artigos indígenas como colares, brincos, arco e flecha, lança, borduna e instrumentos musicais como flauta, maracá e pau-de-chuva, foram acessados de perto pelos alunos e professores da Apae de Ilhéus, por meio da palestra e exposição de Silvan Barbosa Moreira. Além da interação e conhecimento sobre a cultura indígena, os alunos vestiram indumentos e assistiram também documentário sobre a aldeia Krenak, deMinas Gerais, no auditório da Escola Flor do Cacau.
“Todas as crianças e pessoas da Apae, olhando todas ao mesmo tempo para os meus olhos... Eu senti pela primeira vez uma expectativa tão grande por parte dos alunos de querer ter o conhecimento. Eles estavam na expectativa da minha próxima palavra. Essa emoção eu senti pela primeira vez em toda a minha vida”, relata sensibilizado o palestrante Silvan Barbosa sobre a palestra na Apae.
De produtor de eventos, dono de boate e coreógrafo à colaborador da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), o ex-funcionário maceioense Silvan Barbosa, radicado no Rio de Janeiro, após 30 anos de exercício na FUNAI e contato direto com índios de diversos lugares do Brasil, se estabelece em Ilhéus, residente há um ano na cidade, onde atualmente está voltado para palestras sobre as culturas indígenas do Brasil. Ele tem realizado no município palestras para escolas públicas e particulares. Para a Apae de Ilhéus, dedicou agendamento exclusivo para permitir a aproximação mais intensa dos alunos com os conhecimentos levados, assim como com os artigos da cultura indígena.
Com o objetivo de difundir saberes adquiridos por estudos e experiências de campo, Silvan Barborsa tem realizado palestras e reúne um acervo de mais 500 peças, dentre artesanatos, 130 livros indígenas, filmagens, fotografias etc. “Eu aprendi muito mais com os índios lá dentro. É uma área que a cada dia eu continuo a me aprofundar para enriquecer as palestras”, explicou Silvan.
Mais exposição indígena acessível ao público acontecerá em Ilhéus no mês de fevereiro, durante uma semana. Na sequência, a exposição continuará em Porto Seguro e Salvador, nos meses subsequentes.
