Mais de 900 pessoas foram atendidas no Mackenzie Voluntário 2014 realizado na APAE
Com 280 profissionais voluntários, evento contemplou público significativo no Hernani Sá em Ilhéus, e a população pede bis
O último final de semana da APAE, em Ilhéus, foi marcado por prestações de serviços gratuitos com mais de 1200 pessoas participantes, entre profissionais e público atendido, no projeto Mackenzien Voluntário de 2014, realizado pela Universidade Mackenzien e a Igreja Presbiteriana. Atendimentos médicos, palestras e doações de cestas básicas foram destaques nesta realização.
De acordo com o coordenador do Mackenzien em Ilhéus, Newton Aranha, o Mackenzien Voluntário de 2014 reuniu e contou com a ajuda de diversos profissionais, assim como da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Ilhéus, o Centro de Olhos Especializado (CENOE), o Hospital de Olhos Elclin, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), e a Secretaria de Saúde na disponibilização da Unidade Móvel.
Foram oferecidos atendimentos em oftalmologista, pressão arterial, teste de glicemia, fisioterapia, psicologia, odontologia, nutrição, corte de cabelo, maquiagem etc. “Todos os profissionais vieram com muita vontade de atender. Realmente, foram muitas pessoas contempladas. Penso que fazer o bem realmente muda a gente, porque vemos as pessoas saindo daqui atendidas, gratas, ouvidas, tratadas com dignidade e humanidade. Isso é legal e muito bonito”, declarou o coordenador Newton.
A diretora da APAE de Ilhéus, Vitória Penalva, afirma que o atendimento foi muito bom e aproximou mais a comunidade da APAE. “Agradeço à Polícia Militar, aos voluntários, à Human Network do Brasil que doou cores para a nossa fachada, à toda imprensa ilheense, parceira fiel na divulgação das ações, e, sobretudo, à pessoa de Newton Aranha, que pela Igreja Presbiteriana, trouxe esse projeto para ser realizado na APAE, e que abraçamos com amor”, destacou a diretora Vitória. Ela explica que a instituição agregou o projeto APAE Comunidade nessa iniciativa como forma de aproximar o público e arrecadar fundos para destinação beneficente, com a venda de artesanatos, promoção do bazar das mães e venda de comidas típicas.
No quesito saúde, a população saiu muito satisfeita. Paciente e moradora do Hernani Sá, Joseilda Silva, aproveitou a oportunidade para levar ao médico o exame que estava guardado. “Como não tenho condições de pagar um médico particular, trouxe hoje aqui. Estou sendo atendida e muito satisfeita com esse projeto”, disse a paciente.
Para o Dr. José Carlos Ribeiro, voluntário e médico clínico geral que atua em Uruçuca, “a população está sem assistência. Quem pode pagar um médico, paga. Quem não pode, fica sofrendo”, disse durante atendimento à dona Joseilda. E continuou, “a população gosta do projeto porque consegue atendimento, está sendo assistida. Esse projeto é bom e seria ideal se continuasse de forma mais orgânica. Vejo que as pessoas sentem muito essa falta de assistência em relação à saúde”.
Outra moradora do Hernani Sá, Eunice da Conceição, abordou a redação e exclamou, “é preciso fazer mais projetos como esse! Tem que ter mais, porque é muito difícil você conseguir uma ficha para o médico e ser atendido. Temos que sair de madrugada. O posto mesmo da Urbis, a gente não consegue ser atendido. Temos que sair de casa duas a três horas da manhã pra conseguir uma ficha. E isso dificulta muito as coisas”. Perguntada sobre o que aproveitou do projeto, Eunice respondeu, “trouxe meus filhos, minha vizinha, foi muito bom. Fiz exame de glicemia, meu filho cortou o cabelo, minha colega fez exame de diabete... Graças a Deus foi dez, foi um dia maravilhoso”, disse com alegria.
Também foram realizadas diversas palestras, com destaque para a palestra sobre o câncer de mama, ministrada por uma paciente que trouxe a sua experiência pessoal de cura e visão sobre a doença, e emocionou o público.
Para o voluntário da APAE e estudante de Psicologia, Edvaldo Filho, a palestra que mais chamou sua atenção foi sobre libras. “Me surpreendi com a quantidade de pessoas interessadas em aprender sobre este assunto. Inclusive é um conhecimento bastante importante para a área que a APAE trabalha, pois têm alunos que não conseguimos nos comunicar com eles verbalmente, então a libra ajuda bastante”, disse. Edvaldo destacou ainda a organização do evento, a promoção de diversas atividades e como a experiência foi positiva. “Foi muito gratificante. Não vi reclamações, pois circulei durante todo o evento. Foi muito bem aceito pela comunidade”, garantiu o estudante de Psicologia.
As crianças não ficaram de fora em nenhum momento do projeto. “Além de varias atividades para a população em geral, oferecemos lazer para as crianças. Elas saíram daqui felizes com a contação de histórias, brincadeiras como pega-pega, pique-esconde, bolas, pintura facial, pula-pula, cantigas de roda e outras atividades”, explicou o voluntário Lucas Junes. “Sou voluntário para demonstrar o amor pelo próximo. Amo crianças e estou aqui para animar elas, retirar elas da rua em prol da melhoria de vida, e oferecer entretenimento no projeto”, completou o voluntário, que também saiu em grupo de jovens pelas ruas do bairro do Hernani Sá mobilizando a população para os atendimentos.